O City Football Group, dono do Manchester City e de outros clubes pelo mundo, está interessado em ampliar os negócios na América do Sul e, de acordo com o “Globo Esporte”, fez uma proposta milionária para comprar o Atlético.

A oferta em cerca de R$ 1 bilhão inclui a aquisição de 51% de potencial clube-empresa atleticano, que seria criado sob a estrutura de Sociedade Anônima do Futebol (SAF). No entanto, a proposta não agradou os dirigentes atleticanos, que consideraram o valor baixo, Na visão deles, a quantia adequada seria próxima a R$ 2 bilhões conforme um valuation (estimativa de valor de mercado).

Segundo o “Globo Esporte”, houve uma reunião entre representantes do time mineiro e Ferran Soriano, CEO do grupo, há duas semanas. No ano passado, em novembro, quatro nomes ligados ao Atlético viajaram a Manchester, e conheceram a estrutura dos ingleses, tiraram fotos na sala de imprensa e visitaram Soriano.

Apesar de ter um dos elencos mais caros do futebol nacional, o clube mineiro está em posição financeira frágil. O endividamento do clube bateu R$ 1,3 bilhão em junho de 2021, fechamento do balancete mais recente à disposição no site.

Caso o clube-empresa seja aberto e tenha parte de seu capital vendido para um sócio, como seria o caso do City, haverá melhores condições para tornar o futebol sustentável. Isso inclui a possiblidade de receber novos investimentos, bem como adotar governança mais rígida.

No entanto, diferentemente de outros clubes brasileiros que já anunciaram seus compradores, o Atlético não tem pressa em se tornar SAF. Segundo o “Globo Esporte”, responsáveis pelo assunto lidam com um prazo de 12 a 16 semanas para avançar em negociações, até que uma oferta não vinculante (que não gera obrigações) seja assinada

O Grupo City é propriedade de três investidores diferentes. O Abu Dhabi United Group, empresa árabe conduzida por Mansour bin Zayed Al Nahyan, é dono de 77% da multinacional e mantém o controle. Também há participações da China Media Capital, detentora de 13% do grupo, e da Silver Lake, proprietária dos 10% restantes.