O CEO do Atlético e da Arena MRV, Bruno Muzzi, e o diretor de futebol Victor Bagy atenderam a imprensa na Arena MRV, na manhã desta quinta-feira (11/7), para falar sobre todos os assuntos que permeiam a vida do Atlético, principalmente no que tange o planejamento do futebol, questões sobre a Arena MRV e as finanças do Atlético SAF.

Bruno Muzzi começou a falar sobre os investimentos no futebol, na aquisição de atletas, que envolve compra de direitos econômicos, além de luvas contratuais e comissões nas transições. De 2020 até o atual momento de 2024, foram quase R$ 800 milhões investidos. Sendo que em 2024, ainda sem o término da temporada, são R$ 146 milhões aportados em contratações, número superior a 2023 e 2021, e bem próximo do que foi investido em 2022.

• 2020: R$ 290 milhões
• 2021: R$ 112 milhões
• 2022: R$ 148 milhões
• 2023: R$ 119 milhões
• 2024: R$ 146 milhões

“Muito se diz em tamanho de elenco, mas tínhamos a mesma quantidade de atletas nos últimos anos. São dados. Em 2021, tínhamos 33 atletas. Hoje, em 2024, são 34 jogadores. É a realidade do Atlético hoje, não teremos grandes volumes de contratações. São pontuais, assertivas, de perfil jovem e que vão agregar sem dúvida na qualidade do elenco”, afirmou Bruno Muzzi.

O CEO ainda destacou o número da folha salarial do Atlético ao longo dos anos. A de 2024 está na casa dos R$ 250 milhões, e envolve salários, direitos de imagem, encargos e provisões e premiação do elenco profissional.

• 2020: R$ 182 milhões
• 2021: R$ 259 milhões
• 2022: R$ 245 milhões
• 2023: R$ 252 milhões
• 2024: R$ 250 milhões

O diretor de futebol Victor Bagy também falou sobre o planejamento do futebol, esclarecendo que o elenco foi bem pensado e montado, mas que infortúnios impactaram na disponibilidade de vários jogadores nos últimos jogos, sendo a maioria por problemas de lesões e suspensões por cartões amarelos e vermelhos. O Galo teve três jogadores convocados para a Copa América – Arana, Franco e Vargas -, sendo que a competição não paralisou o calendário do futebol brasileiro.

“Há um estudo que as principais equipes do mundo tem em média 28 jogadores de linha no elenco. Essa é a base. Temos 32 jogadores, contando com os goleiros. Para cada posição, no mínimo dois jogadores. Isso é planejamento. O investimento é alto, e sempre busca qualificar, e não inchar o elenco. E sempre há riscos no caminho. Não vejo erro de planejamento. Quando tivemos problemas de desfalques, a janela estava fechada. Sabíamos dos riscos das convocações, mas nenhum clube no mundo consegue lidar com oito, nove, 10 e até um time inteiro de desfalques”, afirmou o diretor.

Bruno Muzzi fala sobre a acústica da Arena MRV 

O Galo desenvolve ações para mitigar o problema da acústica na Arena MRV em busca de pulsá-la ainda mais com a força da Massa. O CEO Bruno Muzzi falou sobre a situação, sem desviar do que de fato acontece. O que ele explicou:

“Quero dizer que a responsabilidade está no meu colo, é minha. Eu estava aqui desde o primeiro momento na obra da Arena MRV. Naquele momento, tínhamos duas opções quando surgiu o licenciamento: atendê-lo ou não levar a obra adiante. Atendemos a questão do Licenciamento. De fato, existe um problema. Isso é sabido e não vamos fugir disso. A Arena MRV tem uma cobertura feita para absorver 95 decibéis internamente, e ela não tem pegado fogo”.

“É um acúmulo de situações e vou caracterizar em três pontos: uniformidade de canto das torcidas, estamos tentando fazer a coordenação desse canto, tem a questão da coordenação do canto e da cobertura. O que faremos? Trabalhamos para unificar as torcidas para um setor único, para que aquele canto seja mais potente”.

“Os estádios antigos eram coberturas de concreto, os mais novos são diferentes, tem lona, metálico, lona que parece de circo. Eles usam esse sistema de voice lift. É uma captação sonora usada em vários estádios, e ele capta para distribuir o som para ficar tudo no mesmo tempo. Fizemos o primeiro teste no jogo contra o Flamengo. Medimos isso e tivemos 105 decibéis, no pico, e o Maracanã só conseguiu atingir 95 decibéis. O estádio do Athletico-PR, do Benfica, o Allianz de Munique, todos usam isso. Estamos em fase de melhora dessa implementação. Além disso, estamos fazendo estudo paralelo, físico, com especialista. Expectativa é que o estudo fique pronto até dezembro de 2024, para implementação em 2025. Construímos uma sala que é a réplica da Arena MRV, na qual podemos fazer os testes sonoros”.